3 de agosto de 2012

DM tipo 1 - absorção de hidratos de carbono

A glicose dos alimentos só pode ser absorvida pela corrente sanguínea depois de passar pelo intestino. Não pode ser absorvida através do revestimento da boca, como se acreditava. Para atingir o intestino, os alimentos têm de passar primeiro pela abertura inferior do estômago onde um músculo especial, o esfíncter pilórico, actua como "porta de entrada" para o intestino em baixo. O esfíncter só deixa passar pedaços muito pequenos. Os hidratos de carbono complexos têm primeiro de ser decompostos em açúcares simples, antes de poderem ser absorvidos na corrente sanguínea. O comprimento da cadeia de hidratos de carbono parece não afectar a absorção tanto como se pensava, pois a "clivagem" (decomposição) é um processo bastante rápido. Os hidratos de carbono simples são decompostos por enzimas no revestimento do intestino, enquanto os hidratos de carbono mais complexos e amidos são primeiramente preparados pela amílase, uma enzima que se encontra na saliva e no pâncreas. O amido de fibras não pode ser decomposto em hidratos de carbono no intestino. A dado momento, os hidratos de carbono foram divididos em de acção rápida e de acção lenta, principalmente em função do tamanho da molécula. É mais correcto falar de alimentos de acção rápida e de acção prolongada para avaliar a composição, o teor de fibras e a preparação, a fim de determinar o efeito sobre o nível de glicose no sangue, mais do que simplesmente avaliar o seu teor de açúcar puro. O termo "índice glicémico (IG) é usado para descrever a forma como diferentes alimentos afectam o nível de glicose no sangue.

De acordo com estudos recentes, o teor de fibras e o tamanho das partículas parecem ser particularmente importantes. O amido dos legumes decompõe-se mais lentamente do que o amido do pão. O amido da batata decompõe-se mais rapidamente em glicose. O amido das massas decompõe-se muito mais lentamente, apesar de serem feitas a partir de farinha branca, que é pobre em fibras. O tempo de mastigação dos alimentos e o tamanho das partículas alimentares engolidas também tem influência na resposta glicémica. O puré de batata fabricado industrialmente contém um pó fino que é misturado com líquidos, cuja glicose é absorvida tão rapidamente como uma solução de glicose. As massas e o arroz são ingeridos em pedaços maiores e têm de ser digeridos para poderem ser absorvidos. Do mesmo modo, uma maçã produz um aumento mais lento da glicose no sangue do que o seu sumo, que contém partículas mais pequenas e está em forma líquida. Quando se aquecem os alimentos, o amido decompõe-se, tornando o açúcar mais acessível e mais rápido de digerir. Os alimentos industrializados são normalmente feitos a altas temperaturas, o que dá ao alimento um efeito de aumento de glicose no sangue mais rápido do que os alimentos cozinhados em casa. Os alimentos industrializados para bebés e os alimentos semi-preparados (muitas vezes utilizados nas escolas) podem elevar a glicose no sangue mais do que os alimentos cozinhados em casa.

Os hidratos de carbono não digeríveis (fibras alimentares) não se decompõem nos intestinos e, por conseguinte, não produzem uma resposta glicémica. A quantidade de hidratos de carbono listados num rótulo alimentar pode ser enganosa, porque não é feita qualquer distinção entre os hidratos de carbono digeríveis e os não digeríveis. O seu nutricionista poderá dar-lhe mais informações sobre isso.

Fonte: ONETOUCH

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